Apresentação

Histórico da UFG e da criação de suas Regionais e  Campus

A UFG foi criada em 1960 com a reunião de cinco escolas superiores existentes em Goiânia: Faculdade de Direito de Goiás; Faculdade de Farmácia e Odontologia de Goiás; Escola de Engenharia do Brasil Central; Faculdade de Medicina de Goiás; e o Conservatório de Música. Em 1962, foi criada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), unidade obrigatória, à época, na constituição de uma universidade. 

Com a reforma universitária de 1968, durante o regime militar, a FFCL foi extinta e foram criados o Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), o Instituto de Química e Geociências (IQG), o Instituto de Ciências Biológicas (ICB), a Faculdade de Educação (FE) e o Instituto de Artes (IA). Nessa vertente dos institutos, a própria UFG já havia criado, antecipadamente, o Instituto de Matemática e Física (IMF) em 1963.

Em fevereiro de 1980, o Conselho Universitário da UFG discutiu e aprovou o Programa de Interiorização da Universidade, e, no contexto desse programa, a Pró-Reitoria de Extensão encampou o projeto de implantar, em cidades polos de Goiás, novos câmpus avançados. Assim, em 10 março de 1980, o então reitor da UFG, Professor José Cruciano de Araújo, assinou a Resolução CEPEC nº 145, que criou o Câmpus Avançado de Jataí (CAJ), uma reivindicação da sociedade jataiense que já havia sido iniciada alguns anos atrás. Três anos depois, em 17 de dezembro de 1983, foi inaugurado o seu segundo Câmpus: o Câmpus Avançado de Catalão da UFG (CAC).

No Câmpus Avançado de Jataí (CAJ), o primeiro vestibular foi realizado em 1981, sendo ofertadas vagas para os cursos de licenciatura em Química (20 vagas), Física (30 vagas) e Matemática (40 vagas). Nos anos seguintes, novos cursos foram criados: Pedagogia (1985), Letras (1990), Educação Física e Geografia (1994), Licenciatura em Ciências Biológicas (1996), Agronomia e Medicina Veterinária (1997) e o Bacharelado em Ciências Biológicas (2003).

No Câmpus Avançado de Catalão (CAC), foram criadas as licenciaturas em Geografia e Letras (1985), Pedagogia e Matemática (1987), Educação Física (1989), História (1990), e, em 1996, foi criado o primeiro curso que não era da área de licenciatura: o de Ciências da Computação. À medida que os cursos eram gradativamente implantados, buscava-se, no interior dos novos câmpus, realizar a estruturação das instalações físicas e melhorias no âmbito acadêmico-administrativo.

Em 2006, no escopo das políticas do MEC para a expansão da educação superior federal no interior do País, a UFG aderiu ao programa, com os Câmpus de Jataí (CAJ) e de Catalão (CAC). Em 2008, no contexto do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), esses dois câmpus sofreram novas expansões. Foram criadas no CAC, em 2006, as licenciaturas em Química, Física, Ciências Biológicas e Psicologia, bem como o bacharelado em Administração de Empresas. Em 2008, foram criados os cursos de Engenharia Civil, Engenharia de Produção e Engenharia de Minas e,  no ano de 2009, os cursos de Enfermagem, Ciências Sociais, Letras - habilitação em  Inglês e  os  bacharelados em Geografia  e  em Matemática Industrial. Em 2010, o curso de Ciências Biológicas abriu sua primeira turma do bacharelado.

O Câmpus Catalão oferece, desde 2007, quatro programas de mestrado nas áreas de Geografia e, desde 2011, mestrados nas áreas de Letras, Educação e Química. São ainda oferecidos cursos de qualificação e de capacitação, bem como cursos de pós-graduação lato sensu.

No Câmpus Jataí, em 2006, foram expandidas vagas nos cursos de Química (licenciatura)  e criados os cursos de História (licenciatura) e Zootecnia (bacharelado). Em 2007, foram criados os cursos de Biomedicina e Psicologia e, em 2008, os cursos de Ciências da Computação e Enfermagem. Em 2009, fundaram-se os cursos de Direito, Engenharia Florestal e Pedagogia (matutino), em 2010 os cursos de Educação Física (bacharelado) e Fisioterapia e, em 2012, o curso de Química (bacharelado).

Além dos cursos de graduação, o Câmpus  Jataí, a partir de janeiro de 2014, com a aprovação do novo Estatuto da UFG, oferece cinco programas de pós-graduação stricto sensunas áreas de Agronomia, Geografia, Ciências Aplicadas à Saúde, Educação e Matemática e oito cursos lato sensuem diferentes áreas.

Um novo Estatuto da UFG foi implantado em 2014, procurando amenizar diversos problemas existentes à época e propiciando melhores condições estruturais para o processo de planejamento e avaliação das atividades da Universidade, que era um processo inadiável na época e necessário, se constituindo em uma exigência da sociedade e do processo de autonomia universitária. Nos câmpus do município de Goiânia, sede da universidade, foram estruturadas novas Unidades Acadêmicas que se intitularam como Institutos, Faculdades ou Escolas e que oferecem cursos voltados para diversas formações.

As expansões que ocorreram no período de 2005 a 2012, durante os Governos Lula e Dilma, tiveram uma outra característica, quando, em Goiânia, foram criados novos cursos que se vincularam às Unidades Acadêmicas existentes. Nos câmpus dos municípios de Catalão, Goiás e Jataí, os novos cursos se instalaram com vinculação diretamente às diretorias dos câmpus, até pela inexistência de Unidades Acadêmicas Especiais já estabelecidas.

Essa nova forma de expansão nos alerta para o fato de que uma universidade tem como sua gênese os cursos de graduação, de mestrado e de doutorado, mesmo que eles estejam aglutinados em escolas, institutos, faculdades ou centros por área do conhecimento.  Essa maneira de se construir uma universidade nos levou a considerar os cursos de graduação, mestrado e doutorado como a base ou o “alicerce” para a solução de diversos problemas existentes na UFG.

Com a aprovação do novo Estatuto, a UFG se constitui como uma universidade multicâmpus, com estruturas administrativas multirregionais, instaladas nas Regionais Goiânia, Catalão, Goiás e Jataí. Em 2014, foram instaladas a Regional de Aparecida de Goiânia e a Regional Cidade Ocidental. A Instituição, atualmente, possui os seguintes câmpus e respectivas regionais: em Goiânia, os Câmpus Samambaia, Colemar Natal e Silva e Aparecida de Goiânia (Regional Goiânia), sendo que há também na cidade de Firminópolis, com o campo para estágio curricular obrigatório, o Câmpus Firminópolis vinculado à Regional Goiânia; em Catalão, Câmpus Catalão (Regional Catalão); em Goiás, Câmpus Goiás (Regional Goiás); em Jataí, (Regional Jataí), com dois campus: Jatobá e Riachuelo; e, na Cidade Ocidental, (Regional Cidade Ocidental), Câmpus Cidade Ocidental em fase de instalação.

Dessa forma, a Universidade Federal de Goiás está cumprindo sua função social e missão no Estado, conforme se encontra registrado em seu PDI (2011-2015):“a UFG tem comomissão: gerar, sistematizar e socializar o conhecimento e o saber, formando profissionais e indivíduos capazes de promover a transformação e o desenvolvimento da sociedade”.

O Câmpus Jataí, da Universidade Federal de Goiás (UFG), que a partir da aprovação do novo Estatuto, no ano de 2014, passa a ser uma Regional, a Regional Jatai, com dois Câmpus (Jatobá e Riachuelo), está localizado a 320 Km da capital do Estado (Goiânia), no município de Jataí, o qual constitui-se um dos marcos da descentralização do ensino superior no estado de Goiás - Brasil. Criado em 1980, como um Câmpus Avançado, congrega hoje, em 2016, 25 cursos de graduação, nas áreas de humanas, exatas, biológicas, agrárias e, mais recentemente, da saúde, além de cursos de Pós-Graduação (especialização, mestrado e doutorado).

Como já apresentado no histórico da UFG, a história da Regional tem origem com a política de interiorização da Universidade Pública Brasileira, entendida como a atuação em regiões fora da sede. Nesse processo, a UFG começou a instalar unidades em municípios no interior do estado de Goiás, culminando na criação dos Câmpus avançados, sendo um deles na cidade de Jataí.

Paralelo ao processo que se iniciava de interiorização da UFG, em julho de 1979, a Comissão Pró-curso Superior do Lions Clube de Jataí entregou ao então reitor da UFG um abaixo-assinado no qual solicitava a criação de cursos superiores na cidade de Jataí. Enquanto a Comissão lutava para trazer a Universidade para o município, o prefeito Mauro Antônio Bento, que havia encampado a ideia, colocava em discussão o Projeto de Lei 13/79, que previa a implantação da UFG em Jataí.

O então Reitor, professor José Cruciano de Araújo, em 10 de março de 1980, assinou a Resolução nº. 145 criando o Câmpus Avançado de Jataí (CAJ). A Prefeitura Municipal de Jataí, no dia 19 de março do mesmo ano, entregou oficialmente à UFG uma sede, situada na Rua Riachuelo e em 1981 foi realizado o primeiro vestibular, firmando uma parceria e garantindo a consolidação do projeto de criação do CAJ com a divisão de gastos e de responsabilidades.

A segunda e decisiva etapa para a efetiva instalação do CAJ ocorreu em maio de 1982, quando a prefeitura doou à UFG uma área, contendo um prédio com capacidade para acolher 400 alunos. O convênio inicial, estabelecido entre a Universidade e a Prefeitura Municipal de Jataí, propunha o funcionamento de cursos de licenciatura, em sistema rotativo, visando à qualificação de profissionais da rede pública municipal e estadual de ensino. Então foram realizados vestibulares, nos anos de 1981 e 1982, para os cursos de Química (20 vagas), Física (30 vagas) e Matemática (40 vagas).

Nesse período, os recursos financeiros destinados à manutenção desses cursos eram provenientes dos recursos gerais da prefeitura. Esta, necessitando de assessoria e colaboração no aprimoramento da Educação no município, em março de 1984, criou a Fundação Educacional de Jataí (FEJ), órgão constituído por um Conselho Diretor composto por representantes das entidades de classe, pertencentes ao Conselho Comunitário da comunidade jataiense.

Desde a sua criação, em 1984, a Fundação passou a assumir e operacionalizar os repasses de verbas para o custeio do CAJ, proporcionando condições físicas e financeiras, viabilizando o funcionamento dos cursos e atendendo às funções de Ensino, Pesquisa e Extensão de uma Universidade pública federal.

Em 1985, foi firmado um novo convênio entre a UFG, a FEJ e a Prefeitura Municipal, implantando o curso de Licenciatura em Pedagogia. Os três primeiros cursos, previamente implantados, foram concluídos em 1986 e, em seguida, desativados por falta de demanda.

Entretanto, no decorrer do ano de 1988, iniciaram discussões sobre a continuidade e consolidação do CAJ no município, o que culminou numa proposta de criação de novos cursos, nas áreas de Licenciaturas e de Ciências Agrárias. Novos rumos foram traçados para o então Câmpus, criando-se em 1989 o curso de Licenciatura em Letras, Habilitação em Português.

Em 1994, sob a direção da Profa. Dra. Ana Cáritas Teixeira de Souza, novos convênios foram firmados para implantação de outros cursos no Câmpus Avançado de Jataí (CAJ). No ano seguinte, 1995, foram implantados os cursos de Geografia, Educação Física, Ciências Biológicas, Matemática e Letras-Inglês. Posteriormente, em 1996, os cursos de Agronomia e Medicina Veterinária.

No transcorrer deste mesmo ano, a UFG recebeu a doação de uma área de mais ou menos 370 hectares, onde funcionava a antiga Empresa Goiana de Pesquisa Agropecuária (EMGOPA), para atender à demanda dos cursos em Ciências Agrárias e Biológicas, área esta onde foi instalado o Centro de Ciências Agrárias e Biológicas (CCAB). Nesse mesmo período, foi firmado um contrato de comodato do prédio situado à Rua Rio Verde, número 1.900, bairro Samuel Grahan, onde passou a funcionar o curso de Educação Física.

Na sede do CAJ, situada na Rua Riachuelo, ficaram os demais cursos de licenciatura, com a proposta de, num futuro próximo, todos os cursos serem transferidos e estruturados no CCAB. Nesse período, o CAJ abrigava oito cursos. Acreditamos que a criação desses novos cursos tenha sido o primeiro processo de expansão do Câmpus, fortalecendo, assim, o início da consolidação de um futuro pólo educacional no Sudoeste Goiano.

Em razão de toda essa expansão, houve um aumento significativo na folha de pagamento da Fundação Educacional de Jataí, a qual teve que buscar recursos financeiros através de novos convênios. Consequentemente, o governo do Estado de Goiás, juntamente com a Prefeitura de Jataí, tornou-se também co-responsável pela folha de pagamento dos servidores (professores e técnicos administrativos) a partir de 1996.

No entanto, o modelo de interiorização da UFG, pelo qual o Câmpus Avançado de Jataí foi criado, desencadeou vários impasses como: dificuldades de custeio dos Câmpus pela prefeitura, atrasos nos repasses de verbas para a Fundação Educacional de Jataí e de pagamento dos salários de docentes, dependência político-administrativa das unidades da UFG de Goiânia, más condições de trabalho de professores e funcionários, grande rotatividade de pessoal administrativo e docente, dentre outros.

Desta forma, aumentaram as dificuldades de manutenção do Câmpus Avançado de Jataí, acumulando transtornos no decorrer dos anos. A dimensão crescente desses problemas estimulou discussões pertinentes para viabilizar fomentos ou soluções com intuito de minimizar os impasses produzidos por essa política de interiorização.

Em 2001, com a perspectiva de liberação de vagas para docentes, pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), surgiu uma nova expectativa de poder solucionar alguns problemas do Câmpus. A ampliação do número de vagas federais destinadas a compor o quadro de docentes e técnicos administrativos possibilitou ao Câmpus Avançado de Jataí a diminuição dos contratos temporários de trabalho.

Desta forma, os docentes vinculados à Fundação Educacional de Jataí passaram a ter a oportunidade de prestar o concurso federal e compor o quadro da UFG, reduzindo, assim, a folha de pagamento da FEJ e os repasses de recursos oriundos da Prefeitura Municipal de Jataí e do Governo do Estado de Goiás.

Em 2005, iniciou o processo de expansão e consolidação da UFG no CAJ, com a adesão ao REUNI. Nesse mesmo ano, em novembro, o Conselho Universitário da UFG transforma o Câmpus Avançado de Jataí em Câmpus Jataí, com a Resolução CONSUNI Nº. 20/2005. Esta resolução considerava: a) a necessidade de consolidar a atuação da UFG na região do Sudoeste do Estado de Goiás; b) a necessidade de melhor estruturar a prática de ensino, de pesquisa, de extensão e de cultura do CAJ, dotando-o de condições de trabalho e de um corpo docente e técnico-administrativo pertencentes ao Quadro de Pessoal da Universidade; c) a possibilidade de aumentar o número de vagas para discentesnos cursos existentes; d) a possibilidade de criar novos cursos; e, e) atender aos objetivos do Câmpus, previstos na Resolução de criação do Câmpus Avançado de Jataí, CEPEC nº. 145, de 10 de março de 1980. Tais objetivos consistem em: I - Possibilitar à Universidade uma participação  efetiva no processo do desenvolvimento sócio-econômico regional e nacional; II - oferecer  bases  físicas, administrativas  e  técnicas para a realização de  programas de extensão da Universidade, vinculando as atividades programadas às necessidades básicas da região e do País; e, III -  contribuir  com recursos  humanos  qualificados, através das várias modalidades de trabalho extensionista, e com a ação participativa com órgãos públicos Federais, Estaduais e Municipais, bem como empresas ou instituições privadas, a nível nacional, regional e local, visando proporcionar à região melhores condições de vir a transformar-se em polo de desenvolvimento.

Assim, a Resolução do CONSUNI nº 20/2005 concedeu ao Câmpus Jataí uma estrutura administrativa composta por: Diretoria, Secretaria Administrativa, Diretoria de Biblioteca, Coordenadorias de graduação, de cursos, de pesquisa e pós-graduação, de extensão e cultura, de administração e chefias de setores diversos, tais como: recursos humanos, protocolo, controle acadêmico, material e patrimônio, limpeza e conservação e vigilância.

Tendo em vista o contexto de liberação de recursos do MEC para a ampliação das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), foi criada em 2005 uma comissão para elaboração do Projeto de Expansão e Consolidação do Câmpus Jataí. Na perspectiva da expansão, através do estudo previamente realizado, foi proposto pela comissão o aumento no número de vagas em alguns cursos, a abertura de novas turmas de cursos já existentes e a criação de novos cursos, de acordo com as necessidades e demandas da região do sudoeste goiano. Neste sentido, apontou-se a necessidade de melhoria da infraestrutura, da construção de novos espaços físicos, aquisição de equipamentos e materiais para laboratório, além da contratação de docentes e técnico-administrativos.

Os critérios de escolha dos novos cursos levaram em consideração, principalmente, o aproveitamento do quadro de professores, a otimização dos espaços físicos utilizados em comum e a demanda ou a necessidade da região. Dessa forma, houve a proposta da complementação dos cursos das áreas de licenciatura, ciências agrárias e exatas e implantação de cursos na área da saúde, devido à solicitação da comunidade estudantil. Consequentemente, em 2006, iniciaram os cursos de Química, Física e Zootecnia; em 2007, os cursos de História, Psicologia e Biomedicina; em 2008, Ciências da Computação e Enfermagem; em 2009, Engenharia Florestal e Direito; em 2010, os cursos de Educação Física e Fisioterapia; e, em 2013, o curso de Química (bacharelado) pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI).

Atualmente, em 2016, a Regional Jataída UFG conta com 25 cursos distribuídos em dois Câmpus: o Câmpus Riachuelo, no centro da cidade, onde funcionam os cursos de Medicina, Pedagogia e Geografia e o Câmpus Jatobá, onde funcionam os cursos das áreas de ciências humanas e biológicas, agrárias, exatas e demais cursos da área da saúde. Os cursos de graduação oferecidos na Regional Jataí, em 2016, são: Agronomia, Biomedicina (bacharelado), Ciências Biológicas (bacharelado), Ciências Biológicas (licenciatura), Ciências da Computação (bacharelado), Direito (bacharelado), Educação Física (bacharelado), Educação Física (licenciatura), Enfermagem, Engenharia Florestal, Física (licenciatura), Fisioterapia, Geografia (bacharelado), Geografia (licenciatura), História (licenciatura), Letras (licenciatura em Inglês), Letras (licenciatura em Português), Matemática (licenciatura), Medicina Veterinária (bacharelado), Pedagogia (licenciatura noturno), Pedagogia (licenciatura - matutino), Psicologia, Química (bacharelado), Química (licenciatura), Zootecnia e Medicina.

Na pós-graduação, a Regional de Jataí oferece hoje, em 2016, diversos cursos de mestrado: em Agronomia, Geografia, Educação, Ciências da Saúde e também o PROFM AT e o curso de doutorado em Geografia. Cursos de Especialização também são ofertados de acordo com a demanda.

A criação do curso de Letras em Jataí

A Universidade Federal de Goiás (UFG) foi fundada em 14 de dezembro de 1960, pela lei nº. 3834C, que dispunha, em seu Art. 2º, § 3º, que o Poder Executivo devia promover, no prazo de três anos, a criação de uma Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. E isso ocorreu pelo Decreto nº 51582, de 8 de novembro de 1962, publicado no Diário Oficial da União, em 14 de novembro de 1962. Em 1968, o curso de Letras da Universidade Federal de Goiás foi reconhecido através do Decreto nº. 63636, de 25 de novembro de 1968. Naquele mesmo ano, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras foi desmembrada, dando origem ao Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Em 1990, através de uma atividade de extensão universitária, criou-se o Curso de Letras – nas modalidades Licenciatura e Bacharelado – no Câmpus Jataí, tendo sido implantado o mesmo Projeto Pedagógico do Curso do Instituto (ICHL). Em 1996, devido a uma reestruturação administrativa e acadêmica, o Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) foi fracionado e desse fracionamento resultou o estabelecimento da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás.

Como já mencionado anteriormente, no período de 1980 a 2005, todos os cursos implantados na Regional Jataí foram considerados extensões de turmas dos cursos da Universidade Federal de Goiás, sendo que o Curso de Letras oferecido na Regional Jataí permanece nessa condição até o momento, tendo em vista que o Projeto Político Pedagógico do Curso ainda é o mesmo da Faculdade de Letras da UFG/Regional Goiânia.

Em 2005, pela Resolução CONSUNI nº. 20/2005, de 11/11/2005, o Câmpus Avançado de Jataí foi transformado em CÂMPUS JATAÍ da Universidade Federal de Goiás, com estrutura administrativa e dotação orçamentária, considerando: “a necessidade de consolidar a atuação da UFG na região do Sudoeste do Estado; a necessidade de melhor estruturar a prática do ensino, da pesquisa, da extensão e da cultura no Câmpus Jataí da Universidade Federal de Goiás, dotando-o de condições de trabalho e de um corpo docente e técnico-administrativo pertencentes ao Quadro de Pessoal da Universidade; a possibilidade de aumentar o número de vagas dos cursos existentes, a possibilidade de implantar novos cursos” (CONSUNI nº. 20/2005).

Só a partir da transformação do “Campus Avançado de Jataí” em “Câmpus Jataí” foi possível uma maior autonomia para as atividades acadêmicas realizadas no Câmpus. Essa transformação possibilitou também que os cursos oferecidos pela Universidade Federal de Goiás, no Câmpus Jataí, tivessem seus próprios projetos pedagógicos de cursos. Assim, como desde a criação do Curso de Letras em Jataí, em 1990, os projetos pedagógicos de curso utilizados foram os mesmos projetos de curso utilizados na Faculdade de Letras/UFG, em Goiânia, muitas são as inquietações de alunos e também do corpo docente, pois, dentre vários fatores, destacamos que o curso realizado na Faculdade de Letras em Goiânia tem um Projeto Pedagógico para um aluno que frequenta o curso no período diurno, enquanto o curso oferecido em Jataí é para um aluno trabalhador e que frequenta as aulas no período noturno. Há de se considerar, portanto, que urgente se faz a elaboração deste projeto, tendo em vista não só a autonomia que o Câmpus Jataí conquistou, mas também considerando o nosso público alvo, o aluno trabalhador. 

Para a elaboração deste Projeto Pedagógico do Curso, procuramos nos embasar no que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei nº. 9.394 de 20/12/1996, considerando suas alterações e regulamentações, nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação (DCNE), no Estatuto, Regimento e Regulamento Geral dos Cursos de Graduação da UFG (RGCG), na Lei 11.788 de 2008 e nas resoluções CEPEC nºs. 766, 731 e 880, além de outras resoluções sobre os cursos de graduação da UFG, o Projeto de Desenvolvimento Institucional (PDI) da universidade, para o quadriênio 2011-2015, os Projetos Pedagógicos de Cursos de Letras da Faculdade de Letras da UFG de 1992, 2004 e 2007 e a Resolução CEPEC/UFG nº. 680. Além disso, nos baseamos no Documento de análise, elaborado pela coordenação do curso, acerca dos resultados dos questionários de auto avaliação do curso de graduação - LETRAS – Câmpus Jataí, respondido por 132 estudantes, por ocasião da matrícula no 2º. Semestre de 2009; no Relatório de Avaliação do Curso de Letras – Português, objeto de avaliação no período de 18 a 21 de março de 2015; nas análises realizadas pelo Núcleo Docente Estruturante de dados obtidos por meio dos questionários que os alunos responderam por ocasião da matrícula nos últimos três anos, e, ainda, no novo Instrumento de Avaliação de Cursos publicado pelo INEP/MEC em março de 2015.

O presente projeto expressa os principais parâmetros da ação educativa do curso de Letras-Português, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Letras, com o Projeto de Desenvolvimento Institucional (PDI), principalmente no que se refere às Políticas Institucionais (PPI) de graduação, pesquisa e extensão. Considera, ainda, a gestão acadêmica, pedagógica e administrativa do Curso de Letras-Português, na modalidade Licenciatura, apresentando os princípios norteadores dessa ação, estabelecendo caminhos e etapas para o trabalho dos sujeitos envolvidos e, ademais, avaliando, através do seu Núcleo Docente Estruturante (NDE), o processo e os resultados, quer sejam eles oriundos de avaliações internas ou externas, como, por exemplo, o ENADE ou outro apresentado pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES).

A análise do mercado de trabalho atual e da região do Sudoeste do Estado de Goiás, onde está inserida, hoje, a Regional Jataí/UFG, aponta para uma formação de profissionais resultantes de diferentes áreas do saber e de distintas modalidades de formação. No que se refere à área de Letras, destacam-se os seguintes espaços:

– a educação básica, promovida pelas instituições de ensino público e privado, cuja oferta encontra-se em expansão e requer a formação de profissionais da educação que tenham compromisso com os avanços educacionais, com o aprimoramento das condições de oferta do ensino e também com os padrões de qualidade da educação não só na região, mas no país. É importante ressaltar que a formação dos professores requer uma sintonia com os avanços tecnológicos e educacionais para a construção, em nosso país, de uma escola compatível com as tendências do século XXI;

– a educação superior, também promovida pelas instituições de ensino público e privado, igualmente em expansão no Brasil, que requer a formação de um profissional de Letras dedicado à educação em geral e que possa construir uma base necessária para formação de futuros docentes do ensino superior, estabelecendo as relações necessárias entre o ensino de graduação e de pós-graduação.

Assim, o curso de Letras - Português da Regional Jataí destina-se à formação de professores de Língua Portuguesa e Literaturas, na modalidade presencial, com entrada anual de 40 alunos, cuja formação possibilitará ao egresso uma atuação na educação básica, nos níveis fundamental (6º ao 9º ano) e médio (1º ao 3º ano), considerando também a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A estrutura do curso, detalhada nas seções seguintes, inclui Núcleo Comum e Específico, que consiste em Disciplinas Obrigatórias e Optativas, e Núcleo Livre. As disciplinas de Núcleos Livres abrangem disciplinas a serem escolhidas pelo aluno, dentre as oferecidas, nesta categoria, pelos cursos no âmbito da Regional Jataí. Além disso, estão previstas no Projeto do Curso: a) as Atividades Complementares (AC), b) a Prática como Componente Curricular (PCC), c) os Estágios Obrigatórios e Não obrigatórios e d) o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC).

A ideia que norteia o curso é a reflexão e a pesquisa sobre a linguagem e suas diversas formas de manifestação no processo de ensino e aprendizagem. Por isso, ao elaborar e desenvolver sua proposta pedagógica espera-se que o aluno adquira, em sua formação, as seguintes competências:

– a compreensão do papel social da escola;

– o domínio dos conteúdos a serem socializados aos seus significados em diferentes esferas da comunicação e contextos diversos, considerando a articulação interdisciplinar;

– o domínio do conhecimento pedagógico; 

– o conhecimento de processos de investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica;

– a capacidade de compreensão, de síntese, de análise e de crítica;

– a autonomia intelectual para buscar e construir os conhecimentos e as práticas;

– o gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional.

  Identificação do curso

Área de conhecimento: Letras, Linguística e Artes

Modalidade: Presencial 

Curso:Letras-Português

Título ou Grau acadêmico a ser conferido: Licenciado

Unidade responsável pelo curso: Regional Jataí/UFG

Carga horária do curso: 3.240 horas

Número de vagas: 40 vagas

Forma de acesso ao curso: SiSU e outras definidas no RGCG da UFG.

Sistema de matrícula: semestral

Duração do Curso: de 4 a 7 anos

Nota no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE): 3 (última avaliação - 2017)

Local de funcionamento: Regional Jataí/UFG – Unidade Acadêmica Especial de Ciências Humanas e Letras – Câmpus Jatobá

Laboratório: CEPEEL - Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Acervo nas Bibliotecas da Regional: 

                                                      Biblioteca Jatobá - Exemplares: 3837; Títulos: 2284
                                                      Biblioteca Riachuelo - Exemplares: 140; Títulos: 105